Essa com certeza foi uma das maiores decepções de 2024. Estava esperando ficção científica e recebi um romance extremamente mal construído com personagens com a profundidade de uma frigideira. Basicamente o Freder e a Maria se apaixonam à primeira vista e no momento em que ela entra na sala que ele está com as crianças pobres ele descobre/percebe que existe desigualdade na sociedade em que vive e que AGORA ele quer lutar contra isso, mas só porque é ela??!?!?! Ah, não! Não tem condições. Apesar disso, a parte da sociedade distópica é muito interessante. Se a autora tivesse focado nesse ponto ao invés no casal chatíssimo, o livro seria bem mais legal e com certeza eu teria gostado bem mais.

Além disso, a escrita da autora é extremamente floreada e não combina com a história. Ela também se alonga em algumas partes completamente desnecessárias. Quando a história parece que está ficando boa e a narrativa tem um ritmo melhor, começa a enrolação de novo.

Apesar disso, essa edição da Aleph está maravilhosa. Os textos no final que falam sobre o filme, a vida da autora e sua relação com o nazismo, da recepção de Metrópolis, suas inspirações e como depois inspirou outras obras (inclusive algumas bem conhecidas que eu não fazia a mínima ideia) foram a melhor parte do livro! Se fosse dar uma nota só para a edição, com certeza daria 5 estrelas. Enfim, não recomendo nem ao meu pior inimigo.