Ao longo de vários meses fui-me forçando a voltar aqui, e se lia com gosto, sempre que o largava, não voltava a sentir grande tentação de voltar para o terminar. Existiam sempre outros livros que me apelavam mais. Por isso decidi simplesmente desistir de o terminar.

Ao escrever estas linhas dou-me conta que tal aconteceu porque não havia aqui nada que já não tivesse encontrado no primeiro livro. Harris limita-se a estender o enredo com peripécias, sem oferecer mais nada. Não desgostei do primeiro, mas está longe de se poder considerar um trabalho de relevo, limitando-se a historiar partes da vida de Cícero sem grande trabalho de aprofundamento da sua pessoa.

Somando tudo, parece-me que o grande problema destas obras de Harris é que não nos fazem sentir que estamos verdadeiramente na época. Harris limita-se a pegar num conjunto de factos dessa altura e a enredá-los numa estrutura narrativa para nos entreter, como tantos outros autores de ficção histórica.